A maioria dos autores define enurese noturna como uma micção involuntária durante o sono, pelo menos duas vezes por semana, em crianças sem anomalias congênitas ou adquiridas, do trato urinário, em idade na qual o controle esfincteriano habitualmente está presente.
Considera- se que, a partir dos cinco anos de idade,
a maioria das crianças saudáveis já adquiriu o controle cognitivo da micção.
Enurese Primária
Quando a criança sempre teve enurese,
isto é, nunca teve período prolongado de continência noturna. Causa = maturação neurológica.
Secundária
Quando a criança volta a apresentar
episódios de enurese após um período de controle miccional de pelo menos seis
meses. Causa = eventos sociais e familiares
estressantes.
Importante:
• Caracterizar a enurese como primária ou
secundária;
• Caracterizar a freqüência noturna e
semanal dos episódios;
• Caracterizar o horário e, se possível,
o volume das perdas;
• Documentar as horas de sono.
EXAMES COMPLEMENTARES
Obrigatório
Análise da urina para avaliar densidade, diabete e infecção.
OPÇÕES TERAPÊUTICAS
• Terapia comportamental;
• Alarme noturno;
• Terapia medicamentosa;
Terapia Comportamental
Objetiva modificar padrões de comportamento inapropriados, que
contribuem para a persistência da enurese. Deve ser considerado o tratamento de
primeira linha. As técnicas comumente empregadas são:
Reforço Positivo
Baseia-se no automonitoramento das
eventuais perdas, com premiação das noites secas. Normalmente, usa-se o “mapa
de estrelas” ou outra forma de pontuação. A eficácia deste método
isoladamente é de 20%.
Treinamento Motivacional
A criança é motivada a assumir
responsabilidade não apenas pelo problema em si, mas também pelo tratamento.
Basicamente, consiste em
ter que trocar e lavar o pijama e roupas de cama.
Calendário das noites secas
Fazer um calendário para assinalar as noites “secas” e “molhadas” da criança. As noites “secas” devem ser elogiadas.
ALARME NOTURNO
São dispositivos afixados ao pijama da
criança, que emitem alarme
sonoro quando ocorre a micção. Baseiam-se no princípio de alertar e
sensibilizar a criança a responder prontamente à sensação de bexiga cheia
durante o sono, transformando o reflexo miccional em reflexo de inibição da
micção, bem como estimulando o paciente
a acordar para urinar no banheiro.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
- Desmopressina;
- Vasopressina;
- Oxibutina;
- Imipramina (antidepressivo);
A resolução ocorre espontaneamente
com o tempo mas o tratamento pode acelerar a cura.
O que pode ser feito para diminuir
a enurese noturna infantil?
- Evitar a consumo
de bebidas e água à noite.
- Esvaziar
a bexiga antes de deitar e ao levantar.
- Lavar
as mãos em água fria, antes de deitar-se, porque isso estimula o
ato de urinar.
- Fazer um
calendário para assinalar as noites “secas” e “molhadas” da criança. As
noites “secas” devem ser elogiadas.
- Evitar dramatizar
a situação. As brigas e castigos muitas vezes pioram a situação. A criança
não faz xixi na cama por querer, trata-se de um ato involuntário, não
devendo ser punida por isso.
- Fazer uso regular
de algum remédio que tenha sido receitado.
- Estimular a criança a ingerir líquidos durante o dia para que possa reconhecer a sensação de bexiga cheia;
Fonte Principal: http://www.projetodiretrizes.org.br/6_volume/18-EnureseDiagTrat.pdf
Olá! Gostei muito do seu blog, e principalmente dessa postagem sobre enurese..sou acadêmica de psicologia, 9° semestre. E fiquei na dúvida como é o mapa de estrelas? e o seu funcionamento?
ResponderExcluirBeijos, Jéssica.