sexta-feira, 17 de outubro de 2014

7 maneiras de evitar a BIRRA!!

Choro, grito e teimosia. Os ataques de birra são cansativos, mas é bem provável que você não escape ileso de pelo menos um deles. O que fazer? Primeiro de tudo, tente se acalmar e, então, ignore. Exatamente! “Ignore, aja como se nada tivesse acontecido. E quando a criança parar de chorar, não comemore”.

Entendendo a birra como uma dificuldade de se expressar, você têm mais maneiras para ajudar desde cedo a evitar o que mais tarde pode se transformar em um chilique mais forte. 

1. Estimule seu filho a colocar os sentimentos para fora

A primeira delas é auxiliar a criança a verbalizar o que ela está sentindo. “Se a mãe explicar ao bebê que ele está chorando porque está com raiva ou frustrado, ele vai aprender a conhecer seus sentimentos”. E não ache que está falando em vão. Desde bem pequenas, as crianças entendem o que ouvem, nem que seja apenas pela entonação dos pais.

2. Mantenha a calma

O segundo passo é dar alternativas para que a criança se acalme. Aqui vale de tudo: um passeio no parque, fazer carinho no cachorro ou o bom e velho colo, desde que não seja isso que ele está pedindo. O importante é a mãe ajudar o filho a montar um repertório de soluções para manter a calma e não deixar que o nervosismo tome conta.

3. Conversem!

A terceira tática é sempre conversar antes. Se você vai à casa de um amigo ou ao shopping e sabe que seu filho costuma dar show nessas ocasiões, explique tudo para ele antes. Diga o que vão fazer, aonde vão, que ele precisa ficar ao seu lado ou ajudar nas compras, por exemplo. Na primeira vez, pode não funcionar, e aí você deve lembrá-lo do que conversaram. Fazendo desse combinado uma rotina, nas próximas vezes é bem provável que dê certo.

4. Ensine-o a aceitar pequenas frustrações

A quarta dica diz respeito às regras. Uma boa forma de ensiná-las é introduzir pequenas frustrações para crianças em torno de 1 ano de idade, como, por exemplo, fazê-la esperar um pouco pela mamadeira, não dar colo sempre que solicitado ou, ainda, fazê-la aprender a esperar terminar uma conversa ao telefone para brincar com os pais. Frustração faz parte da vida. Se os pais forem introduzindo isso de maneira singela, criam, a longo prazo, uma criança emocionalmente mais forte, que aprende a tolerar, respeitar, a ser mais confiante e mais segura. Seu filho não vai aprender em uma única vez – você vai precisar conversar, falar e ensinar de novo e de novo – e, claro, mesmo com todas essas técnicas, cada criança tem um tempo para amadurecer.

5. Previna os motivos que podem causar a birra

Sono, fome, cansaço... Todas essas palavras se encaixam no quinto passo. Isso porque esses sintomas normalmente são gatilhos para uma crise de birra. Se o seu filho costuma ficar mais manhoso nessas situações, tente preveni-las. Não marque uma ida ao mercado, banco, manicure ou à casa de uma amiga justamente nos horários em que a criança está acostumada a comer ou dormir. Mas, se não for possível e a birra acabar acontecendo, seja mais paciente e compreensivo, afinal, até nós, adultos, ficamos mal-humorados se estamos com fome ou sono, não é?

6. Antes do ataque, mude o foco!

A sexta estratégia é para aquele momento imediatamente anterior ao provável chilique, quando você percebe que o perigo está se aproximando. Se vocês estão na loja de brinquedos e seu filho começa a insistir muito que quer um, por exemplo, a melhor coisa é desviar o foco antes que ele comece a bater o pé. Vale chamar a atenção para algo que esteja acontecendo em outro ambiente, oferecer algum alimento do qual ele goste ou até mesmo recorrer à história preferida dele.

7. Dê limites ao seu filho

A sétima, e talvez mais importante missão dos pais na operação antibirra, é o famoso limite. A criança nasce sem qualquer noção de valores, sem saber o que é certo e errado. São os pais que devem paulatinamente mostrar aos filhos o que se pode ou não fazer em sociedade. Por isso, especialistas concordam que, quando o seu filho dá um chilique daqueles que todo mundo se sente no direito de julgar, das duas, uma: ou os pais cedem com facilidade aos desejos da criança, ou eles ainda não explicaram claramente que a vida é feita de regras.


Claro que é muito mais fácil dizer “sim” do que “não”. É muito melhor você ter o rótulo de pai ou mãe mais legal do mundo do que ser chamado de chato. Até por isso, muitos de nós têm dificuldade de definir até onde o filho pode ir. E quando você não deixa claro desde cedo o que é certo e o que é errado, não dá para exigir que seu filho controle as emoções quando tiver um desejo negado – afinal, dificilmente ele entenderá o porquê da proibição.

Fonte: http://revistacrescer.globo.com 

domingo, 12 de outubro de 2014

O que eu aprendi na INFÂNCIA!


Segue uma boa reflexão para este dia tão especial: DIA DAS CRIANÇAS! Que todas as crianças grandes saibam aproveitar e repassar os ensinamentos da INFÂNCIA. 

Tudo o que realmente vale a pena saber, eu aprendi no jardim de infância.

Tudo o que hoje preciso realmente saber, sobre como viver, o que fazer e como ser, eu aprendi no jardim de infância. A sabedoria não se encontrava no topo de um curso de pós-graduação, mas no montinho de areia da escola de todo dia.
Estas são as coisas que aprendi:

1. Compartilhe tudo;
2. Jogue dentro das regras;
3. Não bata nos outros;
4. Coloque as coisas de volta onde pegou;
5. Arrume sua bagunça;
6. Não pegue as coisas dos outros;
7. Peça desculpas quando machucar alguém; mas peça mesmo !!!
8. Lave as mãos antes de comer e agradeça a Deus antes de deitar;
9. Dê descarga; 
10. Biscoitos quentinhos e leite fazem bem para você;
11. Respeite o limite dos outros;
12. Leve uma vida equilibrada: aprenda um pouco, pense um pouco... desenhe... pinte... cante... dance... brinque... trabalhe um pouco todos os dias;
13. Tire uma soneca a tarde; 
14. Quando sair, cuidado com os carros;
15. Dê a mão e fique junto;
16. Repare nas maravilhas da vida;
17. O peixinho dourado, o hamster, o camundongo branco e até mesmo a sementinha no copinho plástico, todos morrem... nós também.

Pegue qualquer um desses itens, coloque-os em termos mais adultos e sofisticados e aplique-os à sua vida familiar, ao seu trabalho, ao seu governo, ao seu mundo e vai ver como ele é verdadeiro, claro e firme.

Pense como o mundo seria melhor se todos nós, no mundo todo, tivéssemos biscoitos e leite todos os dias por volta das três da tarde e pudéssemos nos deitar com um cobertorzinho para uma soneca. Ou se todos os governos tivessem como regra básica, devolver as coisas ao lugar em que elas se encontravam e  rrumassem a bagunça ao sair. Ao sair para o mundo é sempre melhor darmos as mãos e ficarmos juntos. 

É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão.

O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem souber ver!

Autor: Robert Fulghum

Reflexão da Semana!


domingo, 5 de outubro de 2014

Opções de brincadeiras que utilizam APENAS LÁPIS E PAPEL!

                                 
1. STOP!

Idade: a partir dos 8 anos 
Número de participantes: 2 ou mais 

Como brincar: Defina com seu grupo quais categorias estarão no jogo - nome, animal, marca, fruta, flor e CEP (cidade, estado ou país), por exemplo. Cada jogador, então, coloca em sua folha as categorias em colunas. O próximo passo é definir qual letra será usada na rodada: pode ser com os dedos ou com o "stop!" (um jogador fala a letra A em voz alta e depois passa a contar o alfabeto mentalmente; outro diz "stop!", escolhendo a letra). 

Os jogadores, então, devem completar as categorias com palavras que iniciem com a letra escolhida. Quem terminar primeiro grita "stop!", e todos os jogadores devem parar de escrever imediatamente. 
O próximo passo é contabilizar os pontos: para pessoas que escreveram a mesma palavra numa categoria, 5 pontos; para palavras diferentes, 10 pontos; e no caso do jogador ter sido o único a ter completado aquela categoria, 15 pontos. 

O que desenvolve: "É um jogo muito divertido, que promove a interação e exige concentração e raciocínio rápido, além de conhecimentos de diversas áreas".

Um toque a mais: Para deixar a brincadeira ainda mais divertida, que tal criar categorias malucas? Dá pra inventar frases para serem completadas (como "minha sogra é "), ou remeter às lembranças do seu grupo (como "o que aconteceu naquela viagem..."). Livros, atores, filmes, cores, objeto, comida e personagens de desenho animado também podem ser categorias.

2. DETETIVE

 

Idade: a partir dos 08 anos 
Número de participantes: 5 ou mais 

Como brincar: Em pequenos papéis, escreva os nomes personagens envolvidos: um detetive, um assassino, e quantas vítimas forem os participantes extras. Dobre-os e sorteie entre os jogadores. Todos devem ficar em um círculo, para que possam se olhar. O assassino deve matar as vítimas por meio de uma piscada de olho. A vítima, por sua vez, deve dizer "morri!". Enquanto isso, o detetive deve tentar descobrir quem é o assassino, apontar para o jogador e dizer "preso em nome da lei!".  A jogada acaba quando o assassino conseguir matar todas as vítimas ou quando o detetive o prende. Aí, é só fazer outro sorteio! 

O que desenvolve: Para a brincadeira funcionar, é preciso ter maturidade para respeitar as regras. Além disso, a brincadeira desenvolve bastante as habilidades de observação e concentração. 

Um toque a mais: É possível incrementar a brincadeira com novos personagens! O "beijoqueiro", por exemplo, pode ressucitar uma vítima mandando um beijinho discreto. Também é possível jogar com uma dupla de "namorados" (quando um morre, o outro morre também). Que outros personagens mais é possível criar?

3. RÓTULO

 

Idade: a partir de 8 anos 
Número de participantes: 5 ou mais 

Como brincar: Escreva em pequenos papéis diferentes "rótulos": "sou triste", "sou engraçado", "sou bravo". Cada jogador deve pegar um papel e grudá-lo na testa, sem olhar. Então, todos levantam e começam a circular. Cada jogador deve interagir com o outro de acordo com o que está na testa do outro. Da mesma forma, deve tentar descobrir o que está na sua testa por meio da reação dos outros. 

O que desenvolve: É uma brincadeira interessante para desconstruir estereótipo. As habilidades de dramatização e adivinhação também são trabalhadas. 

Um toque a mais: A brincadeira é uma boa oportunidade para falar sobre posturas sociais. Converse, após a brincadeira, sobre como as crianças se sentiram ao serem "rotuladas". Será que fazemos isso no nosso dia a dia também?

4. FORCA

 

Idade: a partir de 6 anos 
Número de participantes: 2 ou mais 

Como brincar: Para começar, um dos jogadores escolhe uma palavra e desenha no papel um risquinho para cada letra. O objetivo do outro jogador é adivinhar essa palavra, falando, a cada rodada, uma letra do alfabeto. Mas a cada vez que ele errar, seu bonequinho na forca vai ganhando um  novo membro (cabeça, corpo, duas pernas, dois braços). Se o bonequinho for completado, o jogador perde! 

O que desenvolve: Além de exigir vocabulário e trabalhar a concentração, essa brincadeira faz com que a criança estabeleça uma relação biunívoca entre as letras restantes e as possíveis respostas. Um ótimo exercício de raciocínio.

Um toque a mais: Com o tempo, é possível brincar com palavras maiores (e, caso, for necessário, dar mais chances ao jogador que vai adivinhar). E que tal usar as palavras que você aprendeu no jogo do Dicionário para brincar de Forca?

5. CONTINUE O DESENHO

 

Idade: A partir de 3 anos
Número de participantes: 3 ou mais 

Como brincar: Sentados em roda, os jogadores devem produzir, ao final da rodada, um desenho coletivo. Para isso, o primeiro participante faz um traço na folha, e a passa para o lado. A pessoa seguinte deve fazer mais um traço, e assim sucessivamente. 

O que desenvolve: A ideia da criação coletiva traz muitos aprendizados para a criança. Essa brincadeira associa a imaginação e a criatividade com o espírito de parceria.

Um toque a mais: Que tal incrementar a brincadeira com diferentes materiais? Lápis de cor, giz de cera, tintas e colagens de revistas podem deixar o desenho ainda mais interessante. Mas atenção: quanto mais elementos, mais difícil é a interação para que o desenho fique coerente!

6. ANAGRAMAS

 

Idade: a partir de 7 anos
Número de participantes: 2 ou mais 

Como brincar: Um dos jogadores deve escolher uma palavra e escrever em uma folha de papel. Com as letras dessa palavra, os demais jogadores devem tentar formar o maior número de palavras novas (que são anagramas da palavra inicial). 

O que desenvolve: É interessante perceber alguns mecanismos da língua portuguesa nessa brincadeira. Também é interessante para desenvolver vocabulário e raciocínio. 

Um toque a mais: Quando há bastantes participantes, é possível brincar de anagrama vivo! Cole cada letra da palavra na barriga dos jogadores. Agora, eles devem se movimentar para tentar formar as novas palavras! Outra dica: quando os jogadores ainda estão no processo de alfabetização, também é possível brincar com sílabas, ao invés de letras.

7. CELEBRIDADES

 

Idade: a partir de 6 anos
Número de participantes: 2 ou mais

Como brincar: Cada participante deve escrever, em um pedacinho de papel, o nome de uma celebridade. Pode estar viva ou morta, ser personagem ou real. Em seguida, os jogadores passam o papelzinho para a direita e colam o que receberam na testa, sem olhar. 

Seguindo a ordem da roda, todos devem fazer perguntas a respeito da celebridade que está na própria testa, a fim de descobri-la. Os demais jogadores devem responder em uníssono, mas apenas "sim" ou "não". Quando todos os participantes descobrirem as sua celebridades, começa uma nova rodada! 

O que desenvolve: A brincadeira das celebridades é uma ótima maneira de testar seus conhecimentos gerais. Além disso, desenvolve raciocínio e memória. 


Um toque a mais: "Para crianças que ainda estão em fase de alfabetização, é possível fazer a brincadeira com desenhos no lugar de palavras", dá a dica a professora Maria Ângela Barbato, da Faculdade de Educação da PUC. Objetos, formas geométricas, classes gramaticais, filmes... é possível fazer essa brincadeira com várias categorias!

terça-feira, 30 de setembro de 2014

TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO (TOC)!



Os sintomas do TOC envolvem as seguintes alterações:

Do PENSAMENTO - obsessões como dúvidas, preocupações excessivas com doenças, com falhas, pensamentos de conteúdo impróprio ou ruim;
Do COMPORTAMENTO – rituais ou compulsões, repetições, evitações, lentidão para realizar tarefas, indecisão;
EMOCIONAIS – medo, desconforto, aflição, culpa, depressão.

Sua característica principal é a presença de OBSESSÕES E/OU COMPULSÕES OU RITUAIS.

Os rituais ou compulsões são realizados por causa da presença do medo ou da aflição que ocorrem sempre que a mente é invadida por uma obsessão. As evitações, embora não específicas do TOC, são responsáveis pelas limitações que o transtorno acarreta, ou seja, aquilo que você deixa de fazer devido aos sintomas presentes.

O QUE SÃO OBSESSÕES?

A palavra “obsessão” pode ser usada para designar o fato de pensar a mesma coisa de forma repetida e/ou analisar uma questão (dúvida) interminavelmente, se refere a algo que você TEME. Desta forma, obsessões são pensamentos ou impulsos que invadem a sua mente de forma REPETITIVA E PERSISTENTE. Podem ainda ser cenas, palavras, frases, números, músicas, etc. Sentidas como estranhas ou impróprias, geralmente são desagradáveis, pois são acompanhadas de medo, angústia, culpa, desconforto, nojo ou desprazer. O indivíduo, no caso do TOC, mesmo não desejando ou considerando tais pensamentos absurdos, impróprios ou ilógicos, não consegue afastá-los de sua mente. 

Para entender as obsessões, é importante entender as CONSEQUÊNCIAS das quais, você tem medo. Umas das principais consequências são os medos de:

- De contaminação ou de contrair doenças;
- De cometer falhas imperdoáveis;
- De não conseguir impedir desgraças futuras;
- De ferir os outros a si mesmo;
- De cometer atos impróprios ou moralmente condenáveis;
- De sentir nojo ao entrar em contato com certas substâncias;
- Do que significa ter certos pensamentos de conteúdo agressivo, sexual, supersticioso, impróprios.

Esses medos levam o portador de TOC a fazer algo para afastá-los ou neutralizá-los.

O QUE SÃO COMPULSÕES?

O portador de TOC procura encontrar formas de neutralizar seus medos e afastar o “perigo”, o que o leva a adotar medidas que têm por finalidade reduzir ou eliminar as possíveis consequências desastrosas associadas às obsessões, de modo a sentir-se aliviado.  Para isso, o indivíduo usa táticas chamadas de NEUTRALIZAÇÃO. As duas principais são a realização de COMPULSÕES OU RITUAIS e a EVITAÇÃO do contato com objetos ou situações que representam “perigo”. Além disso, a pessoa pode tentar vigiar e afastar maus pensamentos, repetir uma palavra, rezar, fazer perguntas para outras pessoas, etc.

Compulsões são comportamentos ou atos mentais voluntários e repetitivos, executados em resposta a obsessões.  Elas aliviam momentaneamente a ansiedade levando o indivíduo a executá-las toda vez que sua mente é invadida por uma obsessão.

COMPULSÕES MENTAIS: Algumas compulsões não são percebidas pelas demais pessoas, pois são realizadas mentalmente e não mediante comportamentos motores observáveis. Elas tem a mesma finalidade: reduzir a aflição associada a um pensamento. Alguns exemplos são:

·       * Repetir certas palavras ou frases;
·       * Rezar;
·       * Relembrar cenas ou imagens;
·       * Fazer listas;
·       * Tentar afastar pensamentos indesejáveis, substituindo-os por pensamentos contrários.


A MARCA REGISTRADA DO TOC SÃO AS REPETIÇÕES!!


domingo, 21 de setembro de 2014

MASTURBAÇÃO NA INFÂNCIA!

A auto-exploração ou masturbação é uma experiência fundamental para a sexualidade saudável. A criança cedo aprende a brincar e a tirar prazer de seu próprio corpo, e isto faz parte de seu desenvolvimento tanto quanto engatinhar, andar ou falar. A experiência da auto-exploração só trará prejuízos se for punida ou se a criança sentir-se culpada por esta atividade natural. Cabe aos pais ignorar ou manifestar compreender o prazer que ela tira daquela experiência. Esta é apenas mais uma fase, e como tal tende a dar lugar a outras. Se a criança fizer isto na sua frente ou na de outras pessoas e você ache inadequado, diga que entende ser gostoso, mas que aquele não é o local certo, ensinando-lhe a noção de privacidade. É preciso ficar atento se a criança se masturba em público ou excessivamente. 

É uma forma de exploração corporal como colocar a mão na boca, a semente do feijão no ouvido ou morder o coleguinha para poder conhecer o corpo do outro. Quando descobre os órgãos genitais a criança vai sentir prazer na descoberta e insistir no comportamento.

* A masturbação na infância é um indicativo de boa evolução da saúde física e emocional. A masturbação infantil é diferente da adulta, pois não envolve fantasias e objetos de desejo. "O prazer está voltado para o próprio corpo”. É puramente sensorial.

* Olhar, tocar o sexo dos amigos, masturbar-se, beijar colegas, brincar de médico. Esses comportamentos só indicam que a sexualidade da criança está se desenvolvendo de maneira saudável.

* Nem por isso, deve-se considerar tudo natural e permitido. É possível que a masturbação seja um problema quando é frequente. Neste caso, pode ser um sintoma de que a criança não consegue encontrar prazer nas brincadeiras e no relacionamento com colegas e adultos. 

* Se a masturbação incomoda os pais, é melhor estarem preparados para o que vem após os 3 anos. Além de adorar ficar pelada, a criança passa a ter uma desinibida curiosidade por corpos – o seu e o dos outros. Se houver chance, vai tocar, espiar e apertar qualquer parente ou amiguinho. Na escola, pode eleger um amigo, mostrar-lhe o sexo e querer ver o dele. "Os pequenos se apalpam, se lambem, se tocam, por pura curiosidade. Também porque é excitante descobrir o que o corpinho do outro esconde”. A atitude é chamada de jogos sexuais. "Não existem atração sexual nem conotação erótica ou malícia”.

* É preciso ter atenção, sobretudo, à distinção do que cabe no espaço público e no privado. A masturbação, por exemplo, requer um espaço privado para ser realizada, assim como urinar e defecar. "O professor deve intervir ao ver um menino manipulando a genitália em local público, mas o foco não deve ser a ação em si. A questão é o local apropriado”. "O adulto não deve repreender a criança apenas porque ele mesmo está incomodado. Se ela estiver se tocando em local privado, como a cabine de um banheiro, não é adequado pedir para parar."

* Os adultos educam sexualmente não só com o que eles falam, mas também com o que não é dito. “A criança é uma esponja e ela percebe mais coisas do que o adulto consegue notar que ela percebe”. Ela recomenda - nos casos de a masturbação acontecer em público - que os pais façam a interdição em particular. “Se é da intimidade, a abordagem tem que ser de forma íntima, senão, o adulto estará transmitindo uma mensagem paradoxal”, pontua. Uma dica importante é usar o adulto como um espelho para ajudar a criança a compreender a orientação. “Você vê o seu pai fazendo isso na frente das pessoas?".

* Sugestão aos professores: não entre em pânico. Não há nada de errado em se tocar, mas não em locais públicos, nem durante a aula, porque isso tira a concentração da criança e dos outros alunos sobre o que está sendo ensinado.

* Na hora, não entre em detalhes. Sem expor a criança, diga apenas que não pode e chame ela de volta à atividade. Faça isso com a mesma naturalidade e convicção que a ensinou que na sala de aula que não é permitido comer ou fazer xixi.

* É muito importante que a gente entenda que é nesse toque e nas descobertas sexuais que as crianças fazem a diferenciação de si e do outro. É assim também que elas tomam consciência da diferença entre os gêneros masculino e feminino.

* Este é um  período de investigação pessoal que não deve ser reprimido, mas sim, adequado à cultura e às imposições sociais que a escola precisa respeitar.

* “O que difere a normalidade da patologia não é a qualidade é a intensidade. Todo mundo sente as mesmas coisas, mas a patologia está no excesso”, afirma a psicóloga Anna Cláudia. Para ela, o que os pais precisam observar é em que situação a masturbação acontece. Novamente ela insiste: “A primeira tarefa é olhar sem julgamento. Acontece antes ou depois do quê? Como está o estado emocional da criança?”.

* Para você identificar se a criança está tendo um comportamento compulsivo, observe se além de masturbar-se ela apresenta outros sinais, como isolamento, dificuldade para participar de atividades em grupo e baixa auto-estima. 

* A masturbação em excesso, na maioria das vezes, pode indicar algum problema emocional. Normalmente, a criança se masturba vez ou outra, antes de dormir ou em momentos de ansiedade como forma de aliviar-se. "Se ela deixa de fazer outras atividades para se masturbar, os pais têm de observá-la mais de perto para descobrir as possíveis causas. Talvez esteja se sentindo sozinha, pressionada por alguma mudança de rotina ou, ainda, com dificuldades de socialização na escola"


quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Reflexão da Semana!


"Quando uma criança manifesta um comportamento-problema, na verdade ela não está criando um problema e sim tentando resolver, porém não de forma mais adequada/adaptativa, mas é forma que ela encontrou no momento". 
Silvares, 1998