quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Jogo do Rabisco!


O jogo do rabisco é uma técnica (apresentada como jogo) que facilita a comunicação de aspectos profundos do psiquismo e tem valor diagnóstico e terapêutico. É de fácil apreensão e muito bem-aceita pelas crianças. O fato de o terapeuta jogar livremente com a criança, na troca dos desenhos, tem grande importância para o sucesso da técnica, pois não dá à criança a impressão de que está sendo avaliada.

Instruções:

Em um momento adequado, após a chegada do paciente [...] digo à criança: “Vamos jogar alguma coisa. Sei o que gostaria de jogar e vou lhe mostrar”. Há uma mesa entre a criança e eu, com papel e dois lápis. Primeiro apanho um pouco de papel e rasgo as folhas ao meio, dando a impressão de que o que estamos fazendo não é freneticamente importante, e então começo a explicar. Digo: “Este jogo que gosto de jogar não tem regras. Pego apenas o meu lápis e faço assim” [...] e, provavelmente, aperto os olhos e faço um rabisco às cegas. Prossigo com a explicação e digo: “Mostre-me se se parece com alguma coisa a você ou se pode transformá-lo em algo; depois faça o mesmo comigo e verei se posso fazer algo com o seu rabisco” (Winnicott, 2005). 

Uma sessão produz, em média, de vinte a trinta desenhos que, gradualmente, vão se tornando cada vez mais significativos, expressando, no seu conjunto, os conflitos, os medos e as angústias vividos pela criança. O jogo do rabisco é usado na primeira sessão, ou, no máximo, em duas ou três. Por sua flexibilidade, ele permite ao terapeuta utilizar os resultados de acordo com o conhecimento que tem da criança.


sábado, 28 de dezembro de 2013

ÓRFÃOS DO TRÂNSITO!

Crianças narram a difícil rotina sem a mãe!


Reportagem publicada pelo Jornal Zero Hora, no dia 19 de dezembro de 2013. 
Autora da matéria: Kamila Almeida


Para alertar motoristas para o drama das existências abreviadas pelos acidentes de trânsito, esta reportagem traz a história de duas crianças. Ambos aos sete anos, Miguel perdeu Alaíde, e Emily perdeu Cristiane. Dois anos se passaram, e os relatos sobre a dificuldade em lidar com a pior das notícias e a ausência do carinho da mãe estimulam uma reflexão sobre a importância da prudência ao volante.


Um saco de boxe pende na varanda da casa que Miguel Arcanjo divide com a avó em Gravataí. O menino de nove anos é filho de Alaíde da Silva Linck — bailarina morta aos 28 anos em um acidente de carro na entrada de 2012, na Estrada do Mar, no Litoral Norte. É o equipamento de pancadas que tem absorvido toda a raiva da criança. O objeto foi adquirido depois que Maria Regina da Silva, 59 anos, ouviu o neto chutando tudo no banheiro. Ao forçar a porta, ele despejou:

— Eu tenho muita raiva daqueles dois que mataram a minha mãe.
"Aqueles dois" seriam Tatieli Costa e Paulo Afonso Corrêa Júnior. A modelo e o suplente de vereador em Tramandaí à época foram apontados no inquérito policial como suspeitos de terem provocado a colisão. Dois anos se passaram, e, quando fala da saudade, Miguel ainda aperta os olhos enfatizando a dor da resposta. Fala na mãe o tempo todo. Ele e a avó transformaram um canto da casa em altar: tem fotos, as bijuterias que a bailarina usava no dia do acidente, alguns CDs que estavam no carro e a sapatilha de balé. 
Alaíde dava aulas de dança, finalizava a faculdade de Educação Física e proporcionava pequenos luxos a Miguel, que criava sozinha. Com a morte dela, foram-se também o padrão de vida, os passatempos, as brincadeiras. O menino teve o plano de saúde de alto padrão cancelado, deixou de frequentar clubes e piscinas, não viaja mais para a praia, abandonou os parques e os passeios no shopping. Com a aposentadoria, Regina se esforça para manter o neto no colégio particular, a higiene e a alimentação em dia. Miguel passa os dias em frente ao computador com fones de ouvido e olhos vidrados na tela. Quando a mãe morreu, ele ainda se recuperava de uma cirurgia nos ouvidos. Como a família não tinha dinheiro para continuar o tratamento, a pediatra se dispôs a atendê-lo gratuitamente.
Nos aniversários do garoto, as amigas de Alaíde já conseguiram, com uma vaquinha, comprar tablet 3D e um Playstation. Mas pouca coisa o faz alargar o sorriso.
— É que eu sinto muuuuita saudade dela. É muito triste e complicado uma criança viver sem a mãe — responde, sentado na cama, mesclando maturidade e inocência, apoiando o queixo no dorso da mão.
Na casa da avó, que assumiu os cuidados, Miguel tem um quarto recheado de cartazes e brinquedos. Na cabeceira da cama, uma lembrança feita por ele depois que perdeu o sono noite dessas. Pegou papel, caneta, a última foto tirada da mãe e improvisou um quadrinho. Desenhou corações e um casal de mãos dadas — mãe e filho.
— Foi uma forma de expressar carinho. Teve também uma vez que eu tive a ideia de escolher uma estrela, a mais brilhante, e eu disse para a vó que aquela seria a mãe. Aí, quando a estrela aparece, vou ali na rua e grito: "Oi, mãããe! Estou aqui" — lembra a criança, que deixou de praticar esportes porque perdeu a maior torcedora.
Para reduzir a ansiedade, abraça a avó de olhos fechados e diz que fará de conta que é a mãe. Em uma madrugada recente, a avó ouviu barulho no quarto do neto. Ele sorria dormindo. Preferiu não acordá-lo. Ao despertar, ele contou que Alaíde estava ali, fazendo-lhe cócegas, e que havia mandado um recado para Regina, pedindo que parasse de chorar e se cuidasse.
— Imagina eu com ele no colo, escutando isso? É para mim que ele fala isso tudo. Agradeço a Deus por ele ser uma criança calma, mas noto que precisa de atendimento psicológico por causa do colégio — desabafa a aposentada.
Miguel, nove anos, constata: "É muito triste e complicado uma criança viver sem a mãe"


Para fazer o dever de casa, só empurrado. Perdeu o gosto pelos estudos. Era a mãe quem o ajudava nos temas. Em seus devaneios, Miguel planeja de que forma poderia ter evitado o trauma.
— Ele pergunta para mim se não deveríamos ter amarrado a Alaíde naquele dia para ela não ter saído de casa — confidencia Regina.
Impressionado com o acidente, seis meses depois do ocorrido foi à igreja. Rezando baixinho, pediu a Deus que curasse os machucados da mamãe, porque só Ele conseguiria fazer isto. Miguel agora passou a ter preocupação de gente grande. Teme pelas atitudes dos motoristas no trânsito e dá um recado singelo.
— Acho que eles têm que colocar as barbas de molho. Isto quer dizer: tomar cuidado para ver o limite de velocidade. Quando estiverem numa estrada que tem três lados, ver se não vem um carro.
De resto, vive repetindo para si e para a avó a mesma frase que falou quando soube que a mãe havia ido embora:
— Agora eu sou só teu, né, vó?
A colisão
— O acidente teria sito provocado pelo Vectra que pertencia à família de Paulo Afonso Corrêa Júnior, suplente de vereador de Tramandaí à época, dirigido pela ex-modelo Tatieli Costa, que não tinha carteira de motorista e, segundo o inquérito, apresentava sinais de embriaguez.
— Ambos foram presos em flagrante e respondem ao processo em liberdade.
— A colisão, que ocorreu na Estrada do Mar, próximo ao acesso de Xangri-Lá, também vitimou o taxista Ivo Ferrazo, 63 anos, que conduzia um Corsa.
— No Prisma de Alaíde, também estava a amiga Carine Bueno Flores, que ficou 26 dias internada no Hospital Santa Luzia, em Capão da Canoa.
— Até hoje, não houve julgamento do caso. Tatieli argumentou que o processo ainda tramita na Justiça e que não iria se manifestar. Paulo Afonso também informou, por intermédio da advogada Nilda Souza, que não se pronunciaria.
Emily Kamila tem nove anos e tem uma cicatriz que ocupa quase a lateral inteira da coxa esquerda. Os riscos na pele remetem a uma tragédia que promoveu um arrastão na casa dos Bieleski em 3 março de 2012. Naquele dia, sentada na cadeirinha no banco traseiro do Ka, a menina assistiu à morte da mãe e à retirada do pai das ferragens, após serem atingidos por um caminhão na BR-116, em Morro Reuter, no Vale do Sinos.
Emily ficou hospitalizada por 15 dias, passou por cirurgia e logo se recuperou. Ciente da morte da mãe, Cristiane Fassbinder, 25 anos, também ficou sem o pai Claudir, 33 anos, nos primeiros dois meses — tempo em que ficou internado. Levou mais seis meses até que pudesse retornar ao emprego, um ateliê de calçados em Dois Irmãos, onde moram. Os ferimentos dos dois os impediram de participar do enterro de Cristiane.
A criança, que já era calada, quase emudeceu. Transparece agora apenas nos detalhes o sofrimento pela ausência. Sobre os sentimentos mais íntimos, fala apenas com o pai. Queixa-se de saudade da mãe. Para chorar, esconde-se. Para tratar do trauma, a família encaminhou Emily a psicólogos. Recebeu alta depois de um mês. Disseram a eles que se calar também era uma forma de reagir.
Da mãe, ela guarda sapatos, algumas roupas, fotos, um caderno de poesias escritas por ela e uma coleção de esmaltes dos quais não deixa ninguém chegar perto. Para amenizar a saudade, usa as camisolas de Cristiane para dormir e reza lendo a Bíblia. Pouco se fala sobre o assunto. No começo, imagens da falecida ainda emolduravam a estante. Agora, nem isso. É doloroso enxergar todos os dias. Vez ou outra, vão ao cemitério levar flores.
— É o pai que bota as flores lá — conta Emily.
Apesar de ter sempre contado com o auxílio da mãe nos estudos, na escola não teve problemas.
— Nos temas, eu ainda consigo me virar. Pior são os trabalhos — diz a menina.
Já pensa nas profissões que quer seguir. Está em dúvida entre Direito e Odontologia por um curioso motivo: quer ganhar muito dinheiro para comprar um carrão. Em busca de colo, engatou amizade com a vizinha Silvane Siiss, 32 anos, de quem não desgruda. Dentre as maiores dificuldades notadas pelos familiares, está a tomada de decisão. Emily passou a sempre escolher o que fazer e o que vestir com base na opinião dos outros.
Para ajudar a cuidar da casa de três cômodos, a menina auxilia em tarefas simples do lar impecável: lava a louça e varre o chão. Há cinco meses, Claudir iniciou um novo relacionamento. Vê a namorada aos finais de semana. Aos poucos, a mulher conquista a afeição da menina.
O baque também foi financeiro, já que não contam mais com a renda de Cristiane. Para ficar mais tempo com Emily, Claudir deixou de fazer horas extras. O carro acidentado não tinha seguro e teve perda total. Os custos do enterro beiraram os R$ 12 mil. Há três meses, Emily foi submetida a uma nova cirurgia para a retirada de uma placa no fêmur.
Tudo vem se ajeitando há um ano, quando deixaram a casa da mãe de Claudir e voltaram para a deles. A menina cursa o 3º ano do Ensino Fundamental à tarde e, pela manhã, pratica esportes e dança. Às 17h30min, o pai busca a filha no colégio. Cuidar da casa e de uma menina sozinho deixou Claudir bem atrapalhado.
— Que nem o dia em que me dei conta de que ela já tinha seio. Sugeri: "Filha, acho que já está na hora de usar sutiã" — recorda.
São muitas as perguntas desconcertantes.
— Uma vez, meu irmão tomou um trago, saiu de carro, sabendo que não pode, bateu, prenderam ele. Ela perguntou: "Como prenderam o meu tio, pai? O cara matou a minha mãe e não foi preso" — lembra Claudir.
O Dia das Mães está entre as maiores dificuldades. Em 2012, Emily pediu que a tia Gislaine Lenir Bieleski, 34 anos, fosse à escola representando Cristiane.
— Foi muito difícil. Chorei muito. Ela se manteve tranquila — relata a tia.
Neste ano, a tarefa escolar na data era comprar um livro e presentear a mãe:
— Tinha que comprar, né? Aí, eu comprei. Mas não dei para ninguém, guardei comigo.
O acidente
— Cristiane tinha folga apenas aos domingos. Naquele sábado, 3 de março de 2012, conseguiu dispensa e viajava com a família de Dois Irmãos para visitar parentes em Nova Petrópolis, terra natal dela.
— No km 216 da BR-116, em Morro Reuter, um caminhoneiro perdeu o controle do veículo e colidiu com o Ka vermelho da família, às 8h30min.
— O motorista Vanderli Ribeiro de Souza foi indiciado por homicídio culposo e lesões corporais. A família também entrou com um processo civil pedindo indenização. Segundo o advogado de Vanderli, Léo Elon Pias, ele não teve culpa. Pias argumenta que os freios não funcionaram, e o cliente tentou de todas as formas evitar a colisão.

sábado, 16 de novembro de 2013

NÃO EXISTE DIA RUIM!

Não existe dia ruim. Sempre há chance do dia ser feliz. Mesmo que seja tarde. Mesmo que seja de madrugada. Uma gentileza salva o dia. Um bife milanesa salva o dia. Uma gola branca e engomada salva o dia. Uma emoção involuntária salva o dia.

Nunca o dia está inteiramente perdido. Não devemos acreditar que uma tristeza chama a outra, que se algo acontece de errado tudo então vai dar errado. Lei de Murphy não foi aprovada pela Câmara dos Deputados.

Confio no improviso, na casualidade, no movimento das cortinas na janela.

Até o último minuto antes da meia-noite, você pode resgatar o contentamento. É uma gargalhada do filho diante da papinha, transformando a cadeira num imenso prato. É algum amigo telefonando para confessar saudade. É sua mulher procurando beijar a orelha mandando sinais de seu desejo. É o barulho da chuva na calha, é o estardalhaço do sol na varanda. É encontrar - iniciando na tevê - um filme que adora e já assistiu cinco vezes. É oferecer colo ao seu gato. É planejar uma viagem de férias. É terminar um livro que abandonou pela metade. É ouvir sua coleção de LPs da adolescência. É comprar uma calça jeans em promoção. É adormecer no sofá e receber a coberta silenciosa de sua companhia. É a possibilidade feminina de passar um batom e pintar as unhas. É a possibilidade masculina de devolver a bola quando ela sobe a cerca num jogo de crianças

A felicidade é pobre. A felicidade precisa de apenas um abraço bem feito.

Sigo esperançoso. Não coleciono tragédias. Sofro e apago. Sofro e mudo de assunto, abro espaço para palavras novas, para lembranças novas.

Vejo o esforço da abelha tentando sair do vidro, e não sou melhor do que ela. Vejo o esforço da formiga carregando uma casca de laranja, e não sou melhor do que ela. Viver é esforço e nos traz a paz de sonhar – querer não fazer nada é que cansa.

Não existe dia que não ganhe conserto. Não existe dia morto, dia de todo inútil.

Não desista da alegria somente porque ela se atrasou. Pode ter recebido esporro do chefe, ainda assim a hora está aberta. Comer um picolé de limão é capaz de restituir sua infância.

Não encerre o expediente com o escuro do céu. Pode não ter grana para pagar as contas e ter que escolher o que é menos importante para adiar, ainda assim é possível se divertir com o cachorro carregando seu chinelo para o quarto.

Quando acordo com o pé esquerdo, sou canhoto. Não existe dia derrotado.



Fonte: Fabrício Carpinejar

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Vamos falar sobre medo?


Nem toda resposta ansiosa por parte da criança proveniente de algum medo,  pode ser considerada patológica. De acordo com a bibliografia científica o conteúdo dos medos ao longo do desenvolvimento das crianças e dos adolescentes pode estar relacionado a questões normais de cada faixa etária. 

Segue a baixo os medos mais frequentes de acordo com o estágio evolutivo:

* Do nascimento aos 06 meses: perda do contato físico com a mãe e ruídos intensos.

* Dos 07 aos 12 meses: pessoas ou situações estranhas e ansiedade de separação.

* Dos 02 aos 03 anos: medo de animais.

* Dos 03 aos 06 anos: medo de escuro, tormentas, criaturas imaginárias e perda de entes queridos. 

* Dos 06 anos 10 anos: preocupações acerca de dano físico, de perigos e da escola.

* Dos 10 aos 12 anos: preocupações a respeito das amizades.

* A partir dos 13 anos: preocupações a respeito de relações com o sexo oposto, independência e planos de vida. 


Fonte: PETERSAN, Circe; WAINER, Ricardo. Terapias Cognitivo-Comportamentais para crianças e adolescentes. 

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Violência na TV --> Violência na VIDA REAL: Há relação?


Um rapaz de 15 anos foi julgado por ter atirado uma bomba, fabricada por ele, em seus professores declarando que teve a ideia assistindo televisão. Outro menino se atirou da janela de um edifício, porque achava que poderia voar como Batman. Estas e outras histórias reais nos levam a pensar sobre a influência da mídia televisiva sobre o comportamento dos indivíduos.
Nunca se assistiu a tanta violência na televisão como nos dias atuais, ela está em tudo: desenhos animados, noticiários, filmes, novelas e seriados. Isto se torna ainda mais preocupante ao considerar que hoje em dia os meios de comunicação se tornaram os principais modelos para crianças e jovens. A televisão se transformou em uma espécie de babá de crianças, gerando uma série de consequências para seus desenvolvimentos.
Em muitos casos a televisão chega a substituir algumas das principais funções dos pais, como distrair a criança, acalmar, ensinar e ser exemplo. Segundo o resultado de diversas pesquisas crianças que passam muitas horas em frente à televisão durante a infância, em comparação com as que assistem menos TV, apresentam mais chances de desenvolver uma personalidade violenta, além de sentirem mais emoções negativas do que as outras.
A violência na Televisão é enfeitiçadora e inesquecível. Isto significa que uma cena que dura poucos segundos e contém violência, pode ser recordada após muito tempo, mais do que qualquer outra cena da história. A violência possui uma mensagem muito contagiosa, e produz frequentemente um efeito direto no comportamento de quem a assiste.
         Além de afetar o comportamento do espectador que assiste conteúdo violento na televisão, as crenças e valores também acabam sendo prejudicadas. Como exemplo disso, podemos pensar que, em geral, crianças que assistem muita violência na televisão apresentam mais medo da violência no mundo real do que as outras. Junto com isso, o excesso de tempo na frente da TV também é prejudicial na questão da alimentação, aprendizado, desempenho em atividades físicas e obesidade infantil.
           Percebe-se então que a violência na televisão produz violência na vida real, pois a violência retratada faz aumentar o grau de tensão social e estimula jovens e crianças a reagir com agressividade quando estão enfrentando alguma dificuldade, afinal principalmente as crianças, costumam imitar o que veem, seja estes comportamentos positivos ou negativos.  No entanto, isto não indica que a violência na televisão seja a única fonte de agressividade ou de comportamento violento entre as crianças e adolescentes, mas sim, que exerce uma contribuição negativa bastante significativa.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

O BRINCAR em Terapia Infantil!


As estratégias lúdicas são necessárias para criar as condições de ocorrência e observação das consequências de comportamentos-problema na sessão terapêutica. A criança, em geral, não apresenta um repertório bem elaborado de descrição e análise das ocorrências de sua vida que as possibilite de FALAR sobre o que lhe incomoda, desta forma, a situação de brincadeira permite ao terapeuta entrar em contato com os problemas da criança. Além disso, alguns autores apontam os benefícios da utilização dessas estratégias na terapia infantil, como por exemplo:

* É um meio de se estabelecer vínculo entre a criança e o terapeuta, fundamental para o bom andamento da terapia; 

* Visam alterações comportamentais previamente planejadas, como: aprender determinados comportamentos ausentes em seu repertório, aumentando a freqüência das interações positivas e diminuindo as negativas; ensinar a criança a seguir instruções; tolerar frustrações; controlar impulsividade; manter um comportamento organizado; desenvolver valores como honestidade, confiança, comportamento pró-social; desenvolver a comunicação, emissão de comportamentos criativos e de leitura, soluções originais de problemas e visão crítica da realidade;

* A criança é levada a relatar sobre seus próprios padrões comportamentais e de seus familiares sem desaprovação ou crítica, facilitando a aquisição de padrões comportamentais mais adaptativos e o desenvolvimento do autoconhecimento. 

Fonte: Terapia infantil e treino de pais em um caso de agressividade. Lorena Archanjo de Souza Emidio. Michela Rodrigues Ribeiro. Ana Karina C. R. de-Farias.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

PRÉ-OCUPAÇÃO!

"Não há nada que desgaste mais o corpo do que a preocupação". Mahatma Gandhi


Uma psicóloga falando sobre gerenciamento do estresse em uma palestra levantou um copo d’água. Todos pensaram que ela perguntaria “Meio cheio …ou meio vazio?”. Mas com um sorriso no rosto ela perguntou:


“Quanto pesa este copo de água?”



As respostas variaram entre 100 e 350g. Ela respondeu: 



“O peso absoluto não importa. Depende de quanto tempo você o segura. Se eu segurar por um minuto, não tem problema. Se eu o segurar durante uma hora, ficarei com dor no braço. Se eu segurar por um dia meu braço ficará amortecido e paralisado. Em todos os casos o peso do copo não mudou, mas quanto mais tempo eu o segurava, mais pesado ele ficava”. 


Ela continuou: 


“As situações inacabadas, o estresse e as preocupações da vida são como aquele copo d’água. Eu penso sobre eles por um tempo e nada acontece. Eu penso sobre eles um pouco mais de tempo e eles começam a machucar. E se eu  penso sobre eles durante o dia todo me sinto paralisada, incapaz de fazer qualquer coisa”. 



 Então lembre-se de “largar o copo de suas pré-ocupações quando estas não equivalem a importância que recebem”.