O primeiro período crítico para a imposição de limites
inicia quando as crianças começam andar. Ao se expor a várias situações de
risco, se tornam necessárias intervenções. A excessiva permissividade pode
gerar problemas de conduta e disciplina, diminuída capacidade de tolerância à
frustração e formação de crenças de superioridade ou competitividade extrema.
Entretanto, o excesso de limites também é prejudicial, sendo necessário seguir
o bom senso. Além disso, o limite deve ser claro, estável e haver acordo entre
os pais, caso contrário reduz a obediência da criança e a coloca em uma
situação complicada, sem referência para seguir. É importante explicar para a
criança o porquê do limite e não justifica-lo baseando-se em relações de poder
(ex.: porque eu mando), somente assim será possível promover a internalização
do limite. Ao explicá-lo, é importante fazê-lo de forma séria, direta,
abaixando-se ao nível da criança e mantendo olho no olho para focar sua
atenção. Não deve ser utilizado o uso de ironias ou humor na explicação.
Aumentar o tom de voz para ganhar a atenção da criança pode ser uma estratégia
eficaz bem como, o limite deve ser adequado à faixa etária de cada um. Até os
02 anos sugere-se que sejam utilizadas estratégias indiretas (distrair a criança)
e de delimitação do limite, para só depois passar para o uso de estratégias de
ensino (explicar os porquês). Por fim,
a transgressão do limite deve ter consequências realistas e dosadas conforme a
gravidade da transgressão, lembrando ainda que os pais devem evitar aplicações
de punições em público.
Fonte: Intervenções e Treinamento de Pais na Clínica
Infantil – Marina G. Caminha, Renato Caminha e Cols
Nenhum comentário:
Postar um comentário