segunda-feira, 24 de novembro de 2014

A VÓ, O LÁPIS E A CARTA – LIÇÃO DE VIDA

O menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura, perguntou:

- Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco? E por acaso, é uma história sobre mim?

A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:

- Estou escrevendo sobre você, é verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.
O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial.

- Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!

- Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo.

Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Esta mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade”.

Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas lhe farão ser uma pessoa melhor”.

Terceira qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça”.

Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você”.

“Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação”.


Paulo Coelho

domingo, 23 de novembro de 2014

Reflexão do Dia!

"- Qual caminho devo tomar para sair daqui?
- Isso depende muito de para onde você quer ir, respondeu o gato.
- Não me importo muito para onde, retrucou Alice.
- Então não importa o caminho que você escolha, disse o Gato." 

(Alice no País das Maravilhas - Lewis Carroll)

sábado, 22 de novembro de 2014

Beijar a criança na boca confunde sobre papel dos pais?

Comum no dia a dia de diversas família.. Pai/Mãe beijar na boca da criança é um hábito saudável?

 
Beijar o filho na boca é uma demonstração de afeto comum para algumas famílias. A cantora Fergie, por exemplo, declarou em um programa da TV americana, em agosto, que adora beijar Axl, seu filho de um ano, dessa forma. "Meu filho gosta de me beijar de língua, é uma delícia! Mas terei de cortar isso a partir de uma certa idade, senão seria esquisito. Meio edipiano."
A erotização pode ser reforçada por outros fatores. Segundo a psicóloga Hilda Avoglia, da Universidade Metodista de São Paulo, especialista em desenvolvimento da criança e do adolescente, o problema não está apenas no ato em si, mas muitas crianças podem associar o beijo na boca com as imagens que assistem na televisão. Segundo a psicóloga Isabel Cristina Gomes, coordenadora do Laboratório de Casal e Família do Instituto de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo), os pais devem ter em mente que, social e culturalmente, beijar na boca é uma forma de carinho entre namorados. "A relação entre um casal é diferente da parental", afirma a especialista. O gesto inocente pode complicar a compreensão infantil dessa diferença.


"Por que o beijo que era parte da relação amorosa passou para os filhos? 

Penso que pode ser uma necessidade de erotização das crianças. É claro que a criança pode ser erotizada mesmo sem o beijo, mas esse é um hábito que a coloca em outro lugar, que não deveria ser o dela", diz Isabel.
"A TV apresenta cenas, imagens e verbalizações com forte conteúdo sexual e a criança imita, sem ter noção do que se trata", afirma Hilda.

A questão pode se complicar à medida que o filho cresce. "Depois dos dez anos, a criança está vivenciando outra fase do desenvolvimento psicológico e também biológico (com a chegada ou proximidade da puberdade), já que se encontra em ação o funcionamento hormonal", fala a psicóloga.

Questão de saúde


Quando o hábito de beijar na boca continua com os filhos mais velhos é preciso olhar para os pais. "Ao beijar o filho adolescente, o pai pode estabelecer uma relação diferente com ele, além da parental. O que significa para um pai e para uma mãe beijar na boca dos filhos? Especialmente os mais velhos? Isso tem de ser trabalhado com os adultos", diz Isabel Cristina Gomes.
Para Hilda, ter pais amorosos é fundamental para a organização psíquica da criança. "Afagar, tocar na pele, comunicar-se carinhosamente são atitudes que fortalecem a relação entre pais e filhos. Mas para que tudo isso seja vivenciado de modo integrador não se faz necessário que a criança seja beijada na boca", afirma.
Além da questão psicológica, os profissionais da saúde alertam para os riscos de transmissão de doenças. É o que explica a doutora em odontopediatria Erika Guimarães. "A boca é um dos locais do nosso corpo com maior número de bactérias, e algumas delas podem causar doenças, como a cárie."
Os adultos possuem muitas colônias de bactérias, algumas são benéficas, mas há as que provocam doenças. E quando o bebê nasce, sua boca tem pouquíssimas bactérias e seu sistema imunológico é imaturo. "Ao beijar a boca do bebê, o adulto pode transmitir, além de bactérias, vírus e fungos", afirma Érika.

Fonte: http://mulher.uol.com.br/gravidez-e-filhos/noticias/redacao/2014/11/06/beijar-a-crianca-na-boca-confunde-sobre-papel-dos-pais.htm

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Como ajudar as crianças a lidar com a RAIVA?


 Aqui estão algumas dicas de como os pais podem ajudar seus filhos a expressar a raiva de maneira apropriada:

1. A raiva é uma emoção natural
É importante a criança saber que não há problema em sentir raiva, mas não pode ferir alguém, porque está irritado.

2. Ensinar as crianças a usar as suas palavras
As crianças não tem o hábito de expressar os sentimentos com palavras por isso é importante ensinar ajudando: "Eu não gosto quando você se comporta..." ou "Estou com raiva porque aconteceu..."

3. Reconhecer a raiva do seu filho
Deixe o seu filho saber que você compreende a sua raiva ou frustração. Validar sentimentos é primordial por isso experimente dizer algo como: "Eu vejo que você está muito zangado".

4. Incentive seu filho a compartilhar sentimentos
Ensine seu filho a reconhecer e falar sobre sentimentos de raiva de uma maneira positiva. Dê ao seu filho toda a sua atenção e ajude-o, olhe-o expressando compreensão.

5. Ser um bom modelo
Mostrar comportamentos adequados para o seu filho ao lidar com a raiva. O que você faz pode ser mais importante do que aquilo que você diz.

Imitação é um processo de aprendizagem pelo qual os indivíduos aprendem comportamentos novos ou modificam antigos por meio da observação de um modelo. Isso ocorre porque existe a probabilidade das pessoas serem reforçadas pelas mesmas consequências que reforçam o comportamento do modelo.

6. Ajudar a sua criança a relaxar
Ensine seu filho algumas maneiras de se acalmar quando perceber que está irritado. Para uma criança pequena, redirecionar sua atenção para outra atividade. Para crianças mais velhas, tente fazê-los desenhar ou escrever os seus sentimentos.

7. Estabeleça limites claros
Deixe o seu filho saber quais comportamentos são aceitáveis  e quais não são. Você pode explicar que quando a criança quebra algo ou bate em alguém é uma forma de gerar mais problemas e explique a consequência deste ato. 

8. Concentre-se em bons comportamentos
Recompensar o seu filho com atenção e reconhecimento quando ele ou ela lida com a raiva de uma forma positiva.

9. Use a empatia
Imagine como seu filho está pensando e sentindo, olhe para a situação do ponto de vista de seu filho. Se a raiva do seu filho tem a ver com outra pessoa, ensinar a empatia e apontar como a outra pessoa pode estar se sentindo. Você poderia dizer algo como "Como você se sentiria se...".

10. Ensinar através de livros
Ler livros infantis para o seu filho sobre como lidar com sentimentos de raiva.