terça-feira, 30 de setembro de 2014

TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO (TOC)!



Os sintomas do TOC envolvem as seguintes alterações:

Do PENSAMENTO - obsessões como dúvidas, preocupações excessivas com doenças, com falhas, pensamentos de conteúdo impróprio ou ruim;
Do COMPORTAMENTO – rituais ou compulsões, repetições, evitações, lentidão para realizar tarefas, indecisão;
EMOCIONAIS – medo, desconforto, aflição, culpa, depressão.

Sua característica principal é a presença de OBSESSÕES E/OU COMPULSÕES OU RITUAIS.

Os rituais ou compulsões são realizados por causa da presença do medo ou da aflição que ocorrem sempre que a mente é invadida por uma obsessão. As evitações, embora não específicas do TOC, são responsáveis pelas limitações que o transtorno acarreta, ou seja, aquilo que você deixa de fazer devido aos sintomas presentes.

O QUE SÃO OBSESSÕES?

A palavra “obsessão” pode ser usada para designar o fato de pensar a mesma coisa de forma repetida e/ou analisar uma questão (dúvida) interminavelmente, se refere a algo que você TEME. Desta forma, obsessões são pensamentos ou impulsos que invadem a sua mente de forma REPETITIVA E PERSISTENTE. Podem ainda ser cenas, palavras, frases, números, músicas, etc. Sentidas como estranhas ou impróprias, geralmente são desagradáveis, pois são acompanhadas de medo, angústia, culpa, desconforto, nojo ou desprazer. O indivíduo, no caso do TOC, mesmo não desejando ou considerando tais pensamentos absurdos, impróprios ou ilógicos, não consegue afastá-los de sua mente. 

Para entender as obsessões, é importante entender as CONSEQUÊNCIAS das quais, você tem medo. Umas das principais consequências são os medos de:

- De contaminação ou de contrair doenças;
- De cometer falhas imperdoáveis;
- De não conseguir impedir desgraças futuras;
- De ferir os outros a si mesmo;
- De cometer atos impróprios ou moralmente condenáveis;
- De sentir nojo ao entrar em contato com certas substâncias;
- Do que significa ter certos pensamentos de conteúdo agressivo, sexual, supersticioso, impróprios.

Esses medos levam o portador de TOC a fazer algo para afastá-los ou neutralizá-los.

O QUE SÃO COMPULSÕES?

O portador de TOC procura encontrar formas de neutralizar seus medos e afastar o “perigo”, o que o leva a adotar medidas que têm por finalidade reduzir ou eliminar as possíveis consequências desastrosas associadas às obsessões, de modo a sentir-se aliviado.  Para isso, o indivíduo usa táticas chamadas de NEUTRALIZAÇÃO. As duas principais são a realização de COMPULSÕES OU RITUAIS e a EVITAÇÃO do contato com objetos ou situações que representam “perigo”. Além disso, a pessoa pode tentar vigiar e afastar maus pensamentos, repetir uma palavra, rezar, fazer perguntas para outras pessoas, etc.

Compulsões são comportamentos ou atos mentais voluntários e repetitivos, executados em resposta a obsessões.  Elas aliviam momentaneamente a ansiedade levando o indivíduo a executá-las toda vez que sua mente é invadida por uma obsessão.

COMPULSÕES MENTAIS: Algumas compulsões não são percebidas pelas demais pessoas, pois são realizadas mentalmente e não mediante comportamentos motores observáveis. Elas tem a mesma finalidade: reduzir a aflição associada a um pensamento. Alguns exemplos são:

·       * Repetir certas palavras ou frases;
·       * Rezar;
·       * Relembrar cenas ou imagens;
·       * Fazer listas;
·       * Tentar afastar pensamentos indesejáveis, substituindo-os por pensamentos contrários.


A MARCA REGISTRADA DO TOC SÃO AS REPETIÇÕES!!


domingo, 21 de setembro de 2014

MASTURBAÇÃO NA INFÂNCIA!

A auto-exploração ou masturbação é uma experiência fundamental para a sexualidade saudável. A criança cedo aprende a brincar e a tirar prazer de seu próprio corpo, e isto faz parte de seu desenvolvimento tanto quanto engatinhar, andar ou falar. A experiência da auto-exploração só trará prejuízos se for punida ou se a criança sentir-se culpada por esta atividade natural. Cabe aos pais ignorar ou manifestar compreender o prazer que ela tira daquela experiência. Esta é apenas mais uma fase, e como tal tende a dar lugar a outras. Se a criança fizer isto na sua frente ou na de outras pessoas e você ache inadequado, diga que entende ser gostoso, mas que aquele não é o local certo, ensinando-lhe a noção de privacidade. É preciso ficar atento se a criança se masturba em público ou excessivamente. 

É uma forma de exploração corporal como colocar a mão na boca, a semente do feijão no ouvido ou morder o coleguinha para poder conhecer o corpo do outro. Quando descobre os órgãos genitais a criança vai sentir prazer na descoberta e insistir no comportamento.

* A masturbação na infância é um indicativo de boa evolução da saúde física e emocional. A masturbação infantil é diferente da adulta, pois não envolve fantasias e objetos de desejo. "O prazer está voltado para o próprio corpo”. É puramente sensorial.

* Olhar, tocar o sexo dos amigos, masturbar-se, beijar colegas, brincar de médico. Esses comportamentos só indicam que a sexualidade da criança está se desenvolvendo de maneira saudável.

* Nem por isso, deve-se considerar tudo natural e permitido. É possível que a masturbação seja um problema quando é frequente. Neste caso, pode ser um sintoma de que a criança não consegue encontrar prazer nas brincadeiras e no relacionamento com colegas e adultos. 

* Se a masturbação incomoda os pais, é melhor estarem preparados para o que vem após os 3 anos. Além de adorar ficar pelada, a criança passa a ter uma desinibida curiosidade por corpos – o seu e o dos outros. Se houver chance, vai tocar, espiar e apertar qualquer parente ou amiguinho. Na escola, pode eleger um amigo, mostrar-lhe o sexo e querer ver o dele. "Os pequenos se apalpam, se lambem, se tocam, por pura curiosidade. Também porque é excitante descobrir o que o corpinho do outro esconde”. A atitude é chamada de jogos sexuais. "Não existem atração sexual nem conotação erótica ou malícia”.

* É preciso ter atenção, sobretudo, à distinção do que cabe no espaço público e no privado. A masturbação, por exemplo, requer um espaço privado para ser realizada, assim como urinar e defecar. "O professor deve intervir ao ver um menino manipulando a genitália em local público, mas o foco não deve ser a ação em si. A questão é o local apropriado”. "O adulto não deve repreender a criança apenas porque ele mesmo está incomodado. Se ela estiver se tocando em local privado, como a cabine de um banheiro, não é adequado pedir para parar."

* Os adultos educam sexualmente não só com o que eles falam, mas também com o que não é dito. “A criança é uma esponja e ela percebe mais coisas do que o adulto consegue notar que ela percebe”. Ela recomenda - nos casos de a masturbação acontecer em público - que os pais façam a interdição em particular. “Se é da intimidade, a abordagem tem que ser de forma íntima, senão, o adulto estará transmitindo uma mensagem paradoxal”, pontua. Uma dica importante é usar o adulto como um espelho para ajudar a criança a compreender a orientação. “Você vê o seu pai fazendo isso na frente das pessoas?".

* Sugestão aos professores: não entre em pânico. Não há nada de errado em se tocar, mas não em locais públicos, nem durante a aula, porque isso tira a concentração da criança e dos outros alunos sobre o que está sendo ensinado.

* Na hora, não entre em detalhes. Sem expor a criança, diga apenas que não pode e chame ela de volta à atividade. Faça isso com a mesma naturalidade e convicção que a ensinou que na sala de aula que não é permitido comer ou fazer xixi.

* É muito importante que a gente entenda que é nesse toque e nas descobertas sexuais que as crianças fazem a diferenciação de si e do outro. É assim também que elas tomam consciência da diferença entre os gêneros masculino e feminino.

* Este é um  período de investigação pessoal que não deve ser reprimido, mas sim, adequado à cultura e às imposições sociais que a escola precisa respeitar.

* “O que difere a normalidade da patologia não é a qualidade é a intensidade. Todo mundo sente as mesmas coisas, mas a patologia está no excesso”, afirma a psicóloga Anna Cláudia. Para ela, o que os pais precisam observar é em que situação a masturbação acontece. Novamente ela insiste: “A primeira tarefa é olhar sem julgamento. Acontece antes ou depois do quê? Como está o estado emocional da criança?”.

* Para você identificar se a criança está tendo um comportamento compulsivo, observe se além de masturbar-se ela apresenta outros sinais, como isolamento, dificuldade para participar de atividades em grupo e baixa auto-estima. 

* A masturbação em excesso, na maioria das vezes, pode indicar algum problema emocional. Normalmente, a criança se masturba vez ou outra, antes de dormir ou em momentos de ansiedade como forma de aliviar-se. "Se ela deixa de fazer outras atividades para se masturbar, os pais têm de observá-la mais de perto para descobrir as possíveis causas. Talvez esteja se sentindo sozinha, pressionada por alguma mudança de rotina ou, ainda, com dificuldades de socialização na escola"


quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Reflexão da Semana!


"Quando uma criança manifesta um comportamento-problema, na verdade ela não está criando um problema e sim tentando resolver, porém não de forma mais adequada/adaptativa, mas é forma que ela encontrou no momento". 
Silvares, 1998