sábado, 19 de abril de 2014

O que são ATAQUES DE PÂNICO?

Ataques de pânicos são ocorrências intermitentes de medo ou desconforto intenso de início súbito que são acompanhadas pelo surgimento de hiperexcitação fisiológica. O pânico é a apresentação clínica mais clara do medo. Além de forte excitação autonômica, o pânico é caracterizado por uma ideação verbal ou imaginária errônea de catástrofe física ou mental (ex. morrer, ficar louco), ansiedade incontrolável intensa e uma forte urgência de fugir.

A característica essencial de um Ataque de Pânico é um período de intenso medo ou desconforto no qual quatro ou mais dos seguintes sintomas estão presentes.

1. Palpitações ou Taquicardia;
2. Sudorese,
3. Tremores ou abalos;
4. Sensações de falta de ar ou sufocamento;
5. Sensações de asfixia;
6. Aperto, dor ou desconforto torácico;
7. Náusea ou desconforto abdominal;
8. Tontura, vertigem ou desmaio;
9. Sentimentos de irrealidade (desrealização) ou de estar distanciado
de si mesmo (despersonalização);
10. Medo de perder o controle ou "enlouquecer";
11. Medo de morrer;
12. Sensações de entorpecimento ou formigamento;
13. Calafrios ou ondas de calor.

O Ataque de Pânico tem um início súbito e aumenta rapidamente, atingindo um pico (em geral em 10 minutos).

Ataques de Pânico inesperados (não evocados): o início do Ataque de Pânico não está associado com um ativador situacional (isto é, ocorre espontaneamente, "vindo do nada"). Os indivíduos com Ataques de Pânico inesperados geralmente descrevem o medo como intenso e relatam que achavam que estavam prestes a morrer, perder o controle, ter um ataque cardíaco ou acidente vascular encefálico ou "enlouquecer". Eles também citam, geralmente, um desejo urgente de fugir de onde quer que o ataque esteja ocorrendo.

Ataques de Pânico ligados a situações (evocados): o Ataque de Pânico ocorre, quase que invariavelmente, logo após a exposição ou antecipação a um evocador ou ativador situacional (por ex., ver uma cobra ou um cão sempre ativa um Ataque de Pânico imediato).




quarta-feira, 2 de abril de 2014

Alimentação na Infância!

Meu filho não quer comer, o que eu faço? 

* Alimentação na Infância (idade pré-escolar)
* Dicas para os pais
* Alimentação e Desenhos Animados

Durante a infância, as crianças apresentam uma grande diversidade de padrões alimentares, sendo que na maior parte dos casos, esta variedade não constitui uma perturbação do comportamento alimentar. Alguns padrões alimentares pouco usuais estão associados a fases normais do desenvolvimento. A título de exemplo, uma grande parte das crianças com idades entre um e três anos come somente uma variedade muito limitada de alimentos, que abrange apenas três ou quatro alimentos distintos. No que diz respeito à idade pré-escolar, é comum às crianças atravessarem uma fase de alimentação bastante restritiva. Os padrões descritos tendem a desaparecer com o tempo e apenas algumas crianças persistem com uma alimentação tão restritiva.

É comum, entre crianças, a recusa por alguns grupos de alimentos – em muitos casos, os mais nutritivos e saudáveis, para desconforto dos pais. Também, com frequência, as crianças passam por momentos nos quais o comer parece ser a última de suas preocupações, por exemplo: nas férias, quando há muitas crianças e brincadeiras que “roubam” a atenção nas horas de refeição ou quando há uma mudança importante no cardápio, às vezes por ocasião de uma viagem. Situações como essas tendem a ser passageiras e não trazem prejuízos para o desenvolvimento e saúde da criança.

No entanto, a recusa pela alimentação pode constituir‐se como um problema quando a criança passa a desenvolver doenças decorrentes de baixa imunidade; quando a curva de crescimento (peso e altura) encontra‐se abaixo do normal ou, ainda, quando a seleção dos alimentos aceitos pela criança passa a ser, progressivamente, menor.

São em situações como essas que, muitas vezes, os pais se desesperam e, em uma tentativa de solucionar o problema, assumem atitudes contraproducentes. Uma das práticas mais comuns é ameaçar: “se você não comer eu vou te bater” ou “se você não comer vai ser um fracote e todos os meninos vão te bater”. Ameaças como essas tendem a produzir intensa ansiedade (acompanhada de enjoos e “garganta fechada”), prejudicando ainda mais a vontade de comer. Vale lembrar que, enquanto para algumas pessoas a ansiedade pode associar‐se ao aumento de apetite, para aqueles que tendem a rejeitar alimentos, a ansiedade é mais um elemento inibidor de apetite.

Também é bastante comum que pais de crianças que recusam alimentação gastem muito tempo acompanhando as refeições e, ao final dela, tenham esgotado seus tempos e suas paciências. Nesses casos, podemos dizer que toda a atenção e a presença dos pais podem estar associadas ao não comer, faltando tempo e energia para momentos gostosos, de brincadeiras e diversão. Dessa maneira, é possível que as crianças passem a associar a atenção e cuidados à recusa pela alimentação.

Na tentativa de resolver ou suavizar esse problema, sugere-se pequenas mudanças, como as apresentadas a seguir:

1. Pratos com muita comida tendem a produzir muita ansiedade na criança (que tende a vê‐los como montanhas impossíveis de serem escaladas). Permita que a criança, assistida pelo adulto, faça seu próprio prato – exigindo apenas que ela coloque “um pouquinho de tudo”. É preferível um prato com pouca comida, que dê a oportunidade da criança terminá‐lo e ouvir dos pais: “Você raspou o prato! Se quiser, pode até repetir”.

2. Quando houver uma margem de tempo razoável, após poucos minutos de rejeição à comida, prefira afastar‐se da criança e, com suavidade, sugira que ela o chame quando estiver com fome. Nesse intervalo, procure não dar muita atenção à criança, explicitando que a companhia virá durante e após a refeição.

3. Ao início da refeição, combine com seu filho alguma atividade (brincadeira, jogo ou assistir juntos a um programa de televisão), que deverá ser realizada somente após comer (Reforço Positivo).

4. Em geral, a criança com problema na alimentação associa o alimento a desconforto, ansiedade e brigas. Para suavizar isso, é interessante que se faça uma associação entre comidas e situações agradáveis. Para isso, vale cozinhar junto com a criança, brincar de casinha utilizando um pouquinho de ingredientes de verdade (por exemplo: alguns grãos de arroz e feijão e uma folhinha de alface picada) ou ler histórias envolvendo comidas.

5. Para reduzir a restrição alimentar e aumentar o comportamento alimentar desejado, é importante haver o reforço positivo após cada refeição realizada, associado à promoção de um ambiente agradável durante as refeições e à atenção diferencial. A atenção diferencial consiste na atenção positiva perante a apresentação de um comportamento alimentar desejado e no ignorar de comportamentos que não se coadunam com o comportamento alimentar esperado.

6. Comportamentos que ajudariam a promover um ambiente tranquilo durante as refeições: não ameaçar ou gritar para que coma; dar pequenas porções de cada vez, promovendo a habituação aos alimentos; permitir alguma liberdade de escolha dos alimentos; encorajar os progressos; bolachas, sucos ou outros alimentos podem ser dados apenas se realizar a refeição.

7. A criança pode ajudar no preparo das refeições e ir junto fazer as compras no mercado.

8. As crianças aprendem a respeito do alimento não somente por suas experiências, mas também observando os outros. A família fornece amplo campo de aprendizagem, no qual a alimentação se torna um dos principais focos de interação entre pais e filhos. Os pais e familiares devem cuidar para não criar um ambiente propício à alimentação excessiva ou um estilo de vida sedentário. Pais que comem demais, muito rápido ou ignoram os sinais de saciedade oferecem um pobre exemplo aos seus filhos.

9. Muita cor e diversão. Ofereça a criança cardápios coloridos e servidos de forma divertida. Você pode criar desenhos ao servir a comida no prato.

10. Durante a refeição, um pouco de sujeira não faz mal e é completamente natural. Toda limpeza excessiva pode prejudicar a hora de comer, especialmente no caso das crianças.

11. Refeição tem que ter hora. A rotina alimentar é importante para manter o metabolismo funcionando.

12. A família deve estar reunida no momento da refeição. Comer juntos incentiva a família a comer melhor.

13. Tire os obstáculos da mesa: brigas, brinquedos eletrônicos, estresses devem ficar de fora da hora da refeição.

14. Misture alimentos: coloque aqueles que a criança gosta junto com alimentos desconhecidos.

15. A criança precisa estar em uma altura confortável na mesa.

16. Os pais podem insistir, mas não forçar o filho a comer.

17. A comida não pode ser nem presente, nem castigo.


                                            Alimentação e Desenhos Animados



Ao longo da aventura, os personagens do desenho animado 'Nutri Ventures - em busca dos 7 reinos” descobrem novos alimentos e aceitam o desafio de saboreá-los. Pais e mães que estão com dificuldade de eliminar refrigerante, salgadinhos e guloseimas da dieta dos filhos podem agora contar com a ajuda da turma que passeia por sete reinos da nutrição, divididos de acordo com a classificação dos alimentos. Transmitida pelo SBT todo sábado, às 9h, a animação também está disponível no www.youtube.com/NutriVenturesBr. Atualmente, 30 escolas em todo o Brasil utilizam o desenho como material didático para mostrar aos pequenos que é possível comer bem sem traumas.

Desenhos como o do marinheiro Popeye, em que o personagem principal consome espinafre para ficar mais forte, são grandes aliados dos pais na luta para que seus filhos tenham uma alimentação saudável. De acordo com uma pesquisa publicada pela revista científica Nutrition & Dietetics, programas de televisão, aulas de culinária para crianças e educação alimentar são capazes de dobrar a quantidade de vegetais ingeridos pelos pequenos.

Fonte: http://psicoterapiacomportamentalinfantil.blogspot.com.br/2010/06/criancas-que-nao-gostam-de-comer.html