terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

CUSTO DA PUNIÇÃO FÍSICA!


Muitos pais usam punição física. As crianças que crescem em famílias assim geralmente têm mais problemas em longo prazo. Aqui estão suas experiências:

1. A punição física não tem efeito duradouromuitos pais usam a punição física sem considerar as necessidades de seus filhos. Ignoram a razão pela qual  se comportam mal ou que tipo de ajuda eles precisam. Esses pais batem em seus filhos e esperam que o comportamento inadequado cesse imediatamente. Embora as crianças possam parar instantaneamente, cometerão o mesmo erro novamente, já que não são ensinadas a se comportar apropriadamente.

2. Os pais fornecem um modelo de agressão quando os pais usam a punição física como maneira de disciplinar as crianças, estas entendem de forma errada que “bater” é um dos “métodos de ensino”. Quando pensam que seus irmãos ou seus pares cometeram erros, elas provavelmente se comportarão agressivamente para “ensiná-los”. Além disso, os pais geralmente estão com raiva ou irritados quando batem nos filhos. As crianças podem pensar que podem bater nos outros quando ficam com raiva ou se irritam.

3. A punição física fere a autoestima da criança as crianças que sempre sofrem punição física percebem-se como muito travessas, e pensam que seus pais não gostam delas. Elas têm autoestima mais baixa e facilmente se sentem humilhadas quando se comparam com seus pares da mesma idade.

4. As crianças têm medo ou sentem ódio das pessoas que as castigam com punição física se as crianças são frequentemente surradas pelos pais, elas podem ter medo deles ou não gostar dos pais. Podem acreditar que isso voltara a acontecer se cometerem até mesmo erros sem importância. À longo prazo, a relação entre pais e filhos será afetada de maneira adversa.

O que fazer então?

Ao invés de usar as punições agressivas, os pais podem punir os filhos com a suspensão de algo que eles gostem. A punição deve vir o mais rapidamente possível. Quanto mais rápida a justiça, maior sua eficácia. Deve haver uma proporção adequada entre o comportamento realizado e a punição (ou a recompensa, no caso de bons comportamentos). Além disso, as punições devem ser curtas, mas consistentes. Ou seja, não há necessidade de deixar uma criança que falou um palavrão sem jogar videogame por um mês (ao final do mês, ela não lembra mais a razão da punição) e suspender a punição no meio. Se houver discordância entre o cônjuge, deve ser discutido à parte e chegar a um consenso, mas um não deve desautorizar o outro. Apesar da necessidade de executá-la com rapidez, evite fazê-la de cabeça quente. Primeiramente porque não se deve gritar com seu filho. Isso o induzirá a agir da mesma forma com você. Além disso, tendemos a exagerar quando estamos nervosos. Outro ponto importante: a punição deve ser referente apenas a coisas que não são essenciais ao desenvolvimento da criança. Não se pode punir uma criança ou adolescente deixando-o sem almoçar ou lanchar. Entretanto, as punições (mesmo a suspensão de coisas agradáveis), só devem ser utilizadas em último caso. Quando punimos uma criança ou adolescente, estamos dizendo a eles para onde não queremos que ele vá. Porém, ele não saberá para onde deve ir. Desse modo, a prática mais aconselhável para lidar com comportamentos inadequados é tentar colocá-los em extinção (ou seja, tentar identificar os potenciais reforçadores desses comportamentos e interrompê-los) e estimular os comportamentos bons, estabelecendo reforços mesmo que arbitrários. 


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