segunda-feira, 31 de março de 2014

"Boletim"

Gosto de textos que nos fazem refletir, que tocam, que provocam.. 
Divido com vocês esta mensagem, apropriada para os Pais! 
Caso você não seja pai ou mãe, vale a pena adaptá-la para o papel de amigo.. filho.. ou para o papel que você escolher dentro das relações que estabelece em sua vida.. 
Leia e Reflita! 

...Era quarta-feira, 8:00 hs. Cheguei a tempo na escola do meu filho –“Não se esqueçam de vir à reunião de amanhã, é obrigatória” – Foi o que a professora tinha dito no dia anterior.
-“O que é que essa professora pensa! Acha que podemos dispor facilmente do tempo que ela pede? Se ela soubesse o  quanto era importante a reunião que eu tinha as 8:30!” Dela dependia uma boa negociação e... tive que cancela-la!
Lá estávamos nós, mães e pais, e a professora.
Começou a tempo, agradeceu nossa presença e começou a falar. Não lembro o que ela dizia, minha mente estava pensando em como iria resolver aquele negócio tão importante, já me imaginava comprando aquela televisão nova, com o dinheiro.
“João Rodrigues!” – escutei ao longe – “Não está o pai de João?” – diz a professora.
“Sim, eu estou aqui” – contestei indo para receber o boletim escolar do meu filho.
Voltei pro meu lugar e disse ao abrir o boletim.... –“Foi para isso que eu vim aqui???? O que é isso???” O boletim estava cheio de seis e setes. Guardei rapidamente, para que ninguém pudesse ver como tinha se saído meu filho.
De volta para casa, aumentava ainda mais minha raiva, cada vez que pensava:
“Mas, se eu dou tudo para ele, não tem faltando nada!"
Agora ele vai ver!” Cheguei, entrei a casa, fechei a porta de uma batida e gritei: “Vem aqui, João!”
João estava no quintal, correu para abraçar-me. –“Papai!”
– “Nada de papai!” o afastei de mim, tirei o meu cinturão e não lembro quantas vezes bati ao mesmo tempo em que falava o que pensava dele.
– “Agora vai para o teu quarto!”
João foi chorando, sua face estava vermelha e a sua boca tremia.
Minha esposa não falou nada, só mexeu a cabeça num gesto de negação e entrou na cozinha.
Quando fui para cama, já mais tranquilo, minha esposa me entregou o boletim do João, que tinha ficado dentro do meu casaco, e disse:
- “Leia devagar e depois pense numa decisão...”
Bem no começo estava escrito: BOLETIM DO PAPAI.
Pelo tempo que teu pai dedica a conversar contigo antes de dormir: 6
Pelo tempo que teu pai dedica para brincar contigo: 6
Pelo tempo que teu pai dedica para te ajuda com as tarefas: 6
Pelo tempo que teu pai dedica par te levar de passeio com a família: 7
Pelo tempo que teu pai dedica para te ler um livro antes de dormir: 6
Pelo tempo que teu pai dedica para te abraçar e te beijar: 6
Pelo tempo que teu pai dedica para assistir televisão contigo: 7
Pelo tempo que teu pai dedica para escutar tuas dúvidas ou problemas: 6
Pelo tempo que teu pai dedica para te ensinar coisas: 7
Média: 6,22
As crianças tinham qualificado os seus pais. O meu deu para mim 6 e 7 (sinceramente eu tinha merecido 5 ou menos)
Me levantei e corri para o quarto dele, o abracei e chorei.
Queria poder voltar no tempo... mas isso não é possível.
João abriu os olhos, ainda com os olhos inchados pelas lágrimas, sorriu, me abraçou e disse:
- “Eu te amo papai!” Fechou os olhos e dormiu.
.............
Já pensou qual seria a 'nota' que seu filho daria para você hoje?

Autor desconhecido.

quarta-feira, 26 de março de 2014

O que é Síndrome de Burnout?

* Conceito;
* Comorbidades;
* Diferença entre STRESS e BURNOUT;
* Fatores associados;
* Principais sintomas;
* Características de pessoas propensas. 


A chamada Síndrome de Burnout é definida por alguns autores como uma das consequências mais marcantes do estresse profissional, e se caracteriza por exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade com relação a quase tudo e todos (até como defesa emocional). Enfim, a Síndrome de Burnout representa o quadro que poderíamos chamar “de saco cheio” ou “não aguento mais”.

O termo Burnout é uma composição de burn = queima e out = exterior, sugerindo assim que a pessoa com esse tipo de estresse consome-se física e emocionalmente, passando a apresentar um comportamento agressivo e irritadiço. A expressão burnout em inglês, entretanto, significa aquilo que deixou de funcionar por completa falta de energia, por ter sua energia totalmente esgotada, metaforicamente, aquilo que chegou ao seu limite máximo.

Com muita frequência este quadro está associado a outros transtornos emocionais, geralmente com a depressão e/ou ansiedade. Esse transtorno tem importância na medida em que afeta a vida pessoal, seja através das repercussões físicas desse estresse psíquico, seja no comprometimento profissional quanto a eficiência e desempenho, seja social na desarmonia dos relacionamentos interpessoais.

Definida como uma reação à tensão emocional crônica gerada a partir do contato direto, excessivo e estressante com o trabalho, essa doença faz com que a pessoa perca a maior parte do interesse em sua relação com o trabalho, de forma que as coisas deixam de ter importância e qualquer esforço pessoal passa a parecer inútil.

Entre os fatores aparentemente associados ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout está a pouca autonomia no desempenho profissional, problemas de relacionamento com as chefias, problemas de relacionamento com colegas ou clientes, conflito entre trabalho e família, sentimento de desqualificação e falta de cooperação da equipe.

Os autores que defendem a Síndrome de Burnout como sendo diferente do estresse, alegam que esta doença envolve atitudes e condutas negativas com relação aos usuários, clientes, organização e trabalho, enquanto o estresse apareceria mais como um esgotamento pessoal com interferência na vida do sujeito e não necessariamente na sua relação com o trabalho. 

No Brasil, a Síndrome de Burnout está classificada junto aos Transtornos Mentais e do Comportamento Relacionados com o Trabalho, manifestando-se com a sensação de estar acabado. Neste caso a Síndrome de Burnout aparece como sinônimo de Síndrome de Esgotamento Profissional.

Os sintomas básicos dessa síndrome seriam, inicialmente, uma exaustão emocional onde a pessoa sente que não pode mais dar nada de si mesma. Em seguida desenvolve sentimentos e atitudes muito negativas, como por exemplo, um certo cinismo na relação com as pessoas do seu trabalho e aparente insensibilidade afetiva.

Finalmente o paciente manifesta sentimentos de falta de realização pessoal no trabalho, afetando sobremaneira a eficiência e habilidade para realização de tarefas e de adequar-se à organização.

Esta síndrome é o resultado do estresse emocional incrementado na interação com outras pessoas. Algo diferente do estresse genérico, a Síndrome de Burnout geralmente incorpora sentimentos de fracasso. Seus principais indicadores são: cansaço emocional, despersonalização e falta de realização pessoal.

As pessoas propensas à Síndrome de Burnout são exatamente aquelas mais ativas. Os trabalhos apontam como características da personalidade das pessoas que mais apresentara a Síndrome de Burnout o seguinte: pessoas que se envolvem intensamente em tudo o que fazem, acreditam possuir domínio da situação, encaram as situações adversas com otimismo, responsabilizam-se exclusivamente pelo sucesso (ou insucesso).

Fonte: www.psiqweb.med.br


terça-feira, 11 de março de 2014

Convênio - Brigada Militar!

Atendimento através do convênio da Brigada Militar - Passo Fundo e Região (RS).

DESCONTO ESPECIAL: Militares, Bombeiros, Rodoviários e Conveniados.


Link: Convênio - Brigada Militar - Psicóloga Suelen Oliveira Tomasi


                              

terça-feira, 4 de março de 2014

domingo, 2 de março de 2014

MEDOS NA INFÂNCIA!

Entrevista cedida por Maria de Jesus Candeias à Revista Pais e Filhos, Dezembro de 2013. 
Texto de Teresa Diogo.

* Definição de Medo
* Exemplo de Intervenção Familiar
* O que os pais podem fazer?
* Dicas


Os medos na infância são tão comuns quanto importantes para o desenvolvimento. Vão variando conforme a idade, mas todos necessitam de confiança e segurança para serem enfrentados. 

O Rodrigo tem dois sprays anti-monstros no quarto, um em cima da mesa de cabeceira e outro no móvel dos brinquedos para ter certeza de que não será pego desprevenido enquanto brinca. Todas as noites, anter de ir para a cama, a mãe o acompanha na ronda em busca de seres assustadores em baixo da cama, dentro do guarda-roupas, atrás da cortina... sempre com o spray mágico na mão. Só se deita depois de se certificar que não há nenhum monstro escondido. A mãe fica no quarto até ele adormecer e uma luz fica acesa durante a noite inteira. Com a falta de uma solução melhor, a mãe do Rodrigo, de cinco anos, resolveu munir o filho de uma ferramenta implacável contra os monstros imaginários que lhe causam tanto medo e que tornavam a hora de deitar num suplício. Inspirou-se nas ideias que encontrou na internet, agarrou num vaporizador vazio, o encheu de água, colocou um rótulo apropriado a um produto anti-monstros e disse ao seu filho que agora já não precisava sentir medo: se aparecesse um monstro, bastava usar o seu spray mágico! A ideia lhe agradou e, embora ainda com algum receio, a ida para a cama assumiu contornos de brincadeira e tornou-se muito mais fácil. Ao mesmo tempo, a inspeção exaustiva ao quarto permite-lhe enfrentar o medo e verificar que, afinal, ali não há monstros. 

A técnica do spray anti-monstros é usada por muitas famílias, como se pode constatar em inúmeros mommy blogs que a sugerem. Para algumas crianças, como é o caso de Rodrigo, pode de fato ser uma grande ajuda e transmitir a tão desejada segurança para enfrentar as criaturas imaginárias, mas para outras esta estratégia pode não se revelar eficiente. Antes pelo contrário: a caça aos monstros significa que existe a possibilidade real de estar  frente a frente com um deles e esta ideia pode ser ainda mais assustadora. Por outro lado, a inspeção ao guarda-roupas ou debaixo da cama pode levar a criança a pensar que se os adultos estão à procura é porque os monstros existem mesmo. Ou seja, cada caso é um caso e o melhor é escolher a estratégia de ataque com bom senso, porque o que resulta para uma criança pode agravar ainda mais a ansiedade de outra. 

"Os medos na infância são muito comuns, mas variam naturalmente de criança para criança, de acordo com suas características individuais e seus contextos. O mesmo estímulo pode ser ameaçador para uma criança e ser indiferente para outra. Além disso, um mesmo estímulo pode numa dada circunstância ser ameaçador para a criança e noutra ser-lhe totalmente indiferente", afirma Maria de Jesus Candeias. Uma criança de 3 anos, por exemplo, pode ter medo de entrar sozinha em uma sala cheia de crianças que não conhece, mas sentir-se completamente à vontade se estiver companhada pela mãe ou pelo pai. 

O medo é um sentimento universal que faz parte do crescimento das crianças. Ele transmite a sensação de que corremos perigo e é geralmente acompanhado de sintomas físicos, tais como: aceleração cardíaca, vermelhidão, angústia, tremor, etc. Embora estes sintomas possam ser bastante incômodos, servem muitas vezes para alertar sobre o perigo e proteger. Esta função protetora e adaptativa é especialmente importante na infância. É este medo que faz com que as crianças reajam a estranhos, não se aproximem de certos animais, não se afastem dos pais em locais desconhecidos, entre outros comportamentos. 

* Crianças que evitam situações assustadoras têm mais tendência para sofrerem de distúrbios de ansiedade na idade adulta; 

O que os pais podem fazer?

Os pais tem um papel determinante. Podem e devem ajudar as crianças a enfrentar seus medos, aumentando-lhes a confiança e evitando que evoluam para reações fóbicas. Em primeiro lugar, devem reconhecer que o medo é REAL. Depois, devem incentivar a criança a FALAR sobre o assunto, ajudando-a assim a liberta-se da angústia para que o medo se torne menos intenso. Expressões como: "Não seja ridículo! Não existem monstros no armário!" são PROIBIDAS, 

* Nunca se deve menosprezar o medo das crianças, nem forcá-la a superá-lo sozinha!

A criatividade e a brincadeira podem ser fortes aliadas na luta contra os medos. No que toca ao medo do escuro, de fantasmas, monstros, bruxas, por exemplo, pode-se sugerir aos pais que, em conjunto com os filhos, tornem esse medo concreto. lhe deem um nome, uma cara, um tamanho, um peso, enfim, que lhe deem uma identidade e o coloquem no contexto real, fora da imaginação da criança, pois assim já poderão vê-lo, falar com ele, tocá-lo, construir histórias e chegar a finais felizes. Essas histórias podem ser de variadas índoles: um jogo de futebol contra o medo, uma aventura em que o João fica amigo do monstro ao salvar o seu gatinho, a história do fantasma que afinal tinha era medo do João... Enfim, as possibilidades são infinitas, mas a principal ideia é retirar o poder da bruxa, do monstro, do fantasma, do escuro ao humanizá-los e torná-los próximos da família, logo, num lugar concreto e controlável, sempre num contexto humorizado, divertido e descontraído. (Daniela Sciaccaluga). 

Na maioria dos casos, o medo é passageiro, próprio da idade e tende a desaparecer de forma natural. Contudo, quando se torna exagerado, desproporcional, excessivamente intenso e persistente, acaba por resultar em sofrimento para a criança. Nestes casos, estamos perante um quadro fóbico. "Uma fobia é um medo persistente e irracional que leva a criança a evitar a todo custo, ou a suportar com um sofrimento enorme, situações, objetos ou atividades que são assustadoras para si. A fobia caracteriza-se por um aumento da ansiedade. 

Dicas para os pais:

(Durante o DIA): 
* Ajude o seu filho a certificar-se de que não existem fantasmas nem monstros debaixo da cama nem dentro do armário;
* Ajude-o a entender os sentimentos descontrolados que ocorrem durante o pesadelo;
* Explique e dê informações simples, claras e credíveis para que ele possa entender os acontecimentos da vida familiar que possam estar lhe perturbando;
* Evite filmes, programas de televisão e jogos de computador que possam ser violentos e provocar medo, insegurança ou incompreensão. 

(na hora de DORMIR)
* Sente-se junto dele e lhe explique o que o preocupa;
* Aceite os seus receios e a necessidade de se agarrar aos pais;
* Deixe uma luz acesa no quarto;
* Encoraje-o a usar objetos de conforto (ursinho ou cobertor preferido);
* Conte histórias que ajudam a compreender os medos e sentimentos vivenciados de forma indireta;
* Se ele recorrer à cama dos pais, depois de um pesadelo, acalme-o e o leve de volta a cama, onde lhe deve dar alguns minutos de aconchego e conforto. 

Fonte: http://crescer-psicologiainfantil.blogspot.com.br/